São horas de ir para a cama e o meu corpo está como que a pedir para te deixar aqui uma pequena lembrança de como não se esqueceu de ti. Ou de como eu não me esqueci. E olha, vim fazê-lo, por ele. Não quero demorar-me, porque tenho a caneca de café a arrefecer, e bem, sabes que gosto dele muito quente. À coisa de meia-hora estava eu a vaguear por ruelas familiares quando a Lua espreitou por entre os dois prédio. Levantei a minha mão e com o polegar dei-lhe uma festinha. Como faço sempre. Lembrei-me de ti, sim. Outra vez, como sempre. Mas foram breves instantes. E olha, não doeu. E recordo-me de ela sorrir quando lhe disse -ainda não me esqueci. Depois foi a minha vez de sorrir. Devo dizer-te, sabendo que não me lês mas querendo matar um pouco mais deste amor, que hoje pulei muito. Sim pulei. Como as crianças pulam quando recebem doces. E é caso para dizeres que estou bem. Até eu digo, sem qualquer hesitação. E sabes do que me lembrei à instantes? que espero que hoje, a tua noite não seja em nada melhor do que a minha. Não querendo ser má, espero que dês muitas voltas na cama e te lembres das minhas bochechas vermelhas e do meu riso à parva. E por fim, que eles não te deixem dormir. Mas como disse, não querendo ser má. Apenas eu, de bem com a vida e comigo mesma, deixando-te aqui uma lembrança. Correndo para junto da caneca de café.

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