
Pequenina, não sei por onde andas e também não sei se irás ler este bilhete que te deixo junto da Lua que tu tanto admiras. Provavelmente não, mas não faz mal. Secalhar até é o melhor. Não leres e não saberes que anda gente à tua procura. Gente que se preocupa muito contigo e comigo. Mas olha, fica descansada que eu não ando à tua procura e sabes porquê? Porque sei o quanto precisas disto. Desta distância. De te sentires perdida e sozinha. De não olhares e não te importares com nada. Sabes, eu conheço-te bem. E sei o quanto queres ficar bem. E agora tu respondias-me:
eu não estou mal mas também não me sinto bem, simplesmente não me sinto. Não é verdade? sei que sim. Sei que corres para longe porque deixas de te sentir e preferes assim. Também sei que hoje cruzaste-te com a pequenina dele e que foste muito forte, sei de tudo isso porque mesmo tu não estando aqui, olha, estas coisas sentem-se, e bem, nós somos feitas da mesma matéria, nunca te esqueças disso. Já avisei o grupo para não se preocupar. E olha, não tenhas pressas em regressar a mim,
pequenina alminha. Demora o tempo que precisares e olha, já que andas tão longe, manda um beijinho à Lua por mim.